#736: - Re: Re:

Meu caro.

Entre o que é de lei e o que é justo, tendo sempre a ficar com o que é justo. Veja-se que niguém  '"abraçou" o aeroporto, ou mesmo reclamou do cabelereiro, etc.... pois talvez não houvesse a mobilização que a rede social está fazendo para isto.

No mundo hoje vemos que os governos do Norte da África estão caindo como "dominós" por conta da indiferença dos seus dirigentes com relação ao real problema da população deles.

Nosso caso é aboslutamente igual. De maneira indiferente, impositiva e por adesão foram-nos impostas condições sem qualquer tipo de respeito a realidade de quem quer que seja, portanto, não é justo.

Viver em democracia é isto. Há que se houvir o mais vulnerável e o mais abastado. Ouvir, é éste o pressuposto. A direção da Instituição não ouviu ninguém. Toda ela possui por expresso acordo coletivo bolsa de estudo para seus filhos, é uma prerrogativa da classe de trabalhadores atingida pelo diálogo da categoria.

À categoria "pais de alunos do CVPS" foi simplesmente negada qualquer possibilidade de diálogo, sendo que fomos forçados a escutá-los e eles nos fizeram ouvidos moucos. Uma pena, pois é uma Instituição de Ensino.

Vale para a Direção da Instituição os dizeres de Rui Barbosa: Aos amigos tudo, aos inimigos, a lei. A minha liberdade e meu direito começam exatamente onde termina o do próximo. Invadiram o meu espaço quando encerraram o diálogo e não observaram o que a lei determina para estes casos.

A direção e os funcionários do Colégio trabalharão o mesmo número de horas, não irão menos aos cabelereiros pelo seu sacrifício. Trata-se de uma prerrogativa sua, muito, mas muito louvável mesmo (não tenho aqui nenhuma pitada de ironia), mas não acho justo que uma coletividade em uma Instituição de educação tenha que se sacrificar por qualquer ou de qualquer coisa por conta desta postura adotada pela Instituição que, antes de mais nada é de Excelência, filantrópica e de Utilidade Pública (sim, possui todos estes títulos) e trata os seus "clientes" com total descaso, de maneira fria e distante.

Gostaria de elogiar a sua manifestação. Mas acredito que a situação em que eu e você fomos colocados nada mais é do que injusta. Calar-me face a isto passivamente, não é de meu feitiu. Meu filho continuará na escola, mas pela postura adotada por ela, em diversas passagens, vale, neste momento mais do que o bom senso (esta é uma maneira pacífica de manifestação) a LEI.

Tenho a fama de adotar técinas "kamikase" quando da defesa do direito de quem teve o seu aviltado. Não tenho ido ao exterior pois os preços praticados não são para mim permitidos, portanto nenhuma cia aérea chegou e me impingiu o valor de qualquer passagem. Já na escola, apenas foi me dada uma alternativa: aderir. Caso contrário, tenho que tirar meu filho de lá, o que não acontecerá.

Brasileiro tem memória curta. Insisto que a Fundação de uma Associação de Pais seria o foro adequado e legitimaria a representação tanto minha, quanto sua, cada qual com o seu sacrifício ou esforço necessário para o bem que nos é comum. Uma educação de qualidade para nossos filhos.

Mas não me imponham situaçãos injustas. Não as aceito.

(desde já peço desculpas por eventuais erros, escrevo rápido)

Um abraço fraterno e respeitoso a sua opinião.

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